Empenhados em demonstrar que Cubatão é uma Fábrica de Oportunidades para novos investidores, o prefeito Ademário Oliveira e o vice-prefeito Pedro de Sá Filho anunciam a reserva de 2,64 milhões de metros quadrados de áreas no polo industrial prontas para abrigar indústrias de transformação dos produtos fabricados pelas empresas já instaladas na Cidade.
O objetivo é preparar o Município para a retomada das atividades industriais, com novos empreendimentos, a partir de 2019. As áreas mais extensas estão prontas para receber desde atividades portuárias de frente para o Canal Piaçaguera (ao lado da Usiminas), que tem perto de 1 milhão de m2; as empresas de apoio industrial que pretendam implantar um Data Center e também um centro fomentador de start ups (empresas que estão no início das atividades inovadoras do mercado) na antiga Vila Residencial da Usina Henry Borden (com 307 .011,00 m2) em parceria com o Governo do Estado. O prefeito disse que está pessoalmente empenhado junto ao Ministério Público do Estado em busca de um acordo que permita finalmente a implantação do Projeto Brasterra de Instalação do Ceasa Regional nas glebas com 929.627,71 m2 ao sul do município (de frente para a Rodovia dos Imigrantes, ao lado do Jardim Caraguatá). O projeto está parado há 20 anos.
“E sua retomada vai gerar empreendimentos fomentadores vão destinar áreas para a preservação ambiental da região do mangue dos rios Laranjeira e Branco. E, a título de compensação, doarão glebas aterradas para a construção, pela CDHU, de mil unidades habitacionais que serão usadas para atender famílias de baixa renda. Essa contribuição é essencial para convencer o MP a ajudar a nossa cidade”, diz Ademário.
Investe São Paulo
Segundo o vice-prefeito Pedro de Sá, que é também secretário de Planejamento, além da Prefeitura integrar-se ao projeto do Condomínio do Polo Industrial, gerido pelo Cide, a secretaria vai divulgar o Programa Cubatão – A Fábrica de Oportunidades no Investe São Paulo. A ação é conduzida pelo Governo Estadual para exibir municípios atrativos de investimentos, buscando parcerias nacionais e internacionais.
A Cidade ainda tem áreas com metragem menor, mas oferecendo potencial de proximidades com as indústrias de base, como o antigo Posto Paulínia (45 mil m2), entre a Avenida Plínio de Queiroz e o Rio Mogi; e a área da antiga fábrica da Companhia Santista de Papel, com 86.209,71. Todas as glebas tem como característica a proximidade com as rodovias Imigrantes, Anchieta e Cônego Domênico Rangoni. E com ramais ferroviários instalados na região geográfica do polo de Cubatão e do Vale do Rio Mogi, as fábricas de fertilizantes, petroquímicas, químicas e os condomínios da Cesari.
Área da usina pode desenvolver a Indústria 4.0 na Cidade
Segundo o vice-prefeito Pedro de Sá Filho, um dos projetos desenvolvidos em parceria com o Condomínio Industrial do Cide já envolve negociações da Prefeitura com a diretoria da Usiminas para a instalação de um porto no Dique do Furadinho, uma das áreas com 465.264,71 m2 pertencente à Usiminas e situada em frente para o Canal de Piaçaguera. Somadas as outras áreas nas proximidades, as glebas oferecem perto de 1 milhão e meio de m2. O porto está planejado a partir do aperfeiçoamento de uma proposta do Programa Investe São Paulo, em 2012, mas nunca saiu do papel.
“Nesses contato que aproximam investidores da Usiminas, a Prefeitura não vai executar nada. Ela só atua como indutora do progresso. O mesmo ocorre com a atração de outros investidores e nas negociações, por exemplo, com a Secretaria de Energia do Governo do Estado, no aproveitamento das antigas áreas residenciais da Usina Henry Borden”, explica Sá Filho. A Prefeitura quer facilitar a vida para quem tem interesse em investir na cidade, para que esse investimento aconteça em Cubatão e não em outros lugares”, acrescenta. Ele está empenhado em aproximar também investidores interessados em instalar um Data Center nas áreas preservadas das antigas casas da Usina Henry Borden, na sua maioria desocupadas.
Data Center é um ambiente projetado onde se localizam equipamentos de armazenamento e processamento de dados de uma organização. Pode acolher milhares de servidores, bancos de dados e demais componentes. “Com esse carro-chefe puxando outras empresas quem sabe não daremos início a uma encubadora de start ups? Temos empresas na Cidade – como Braskem e a Petrobras – envolvidas nesse processo de inovação”. O propósito é abrir caminho para a Indústria 4.0 na Cidade. Datas Centers precisam de um volume maior e garantido sem interrupções, no fornecimento de energia. “Já mantive contatos com o secretário de Energia, José Carlos Meireles. Ele garantiu que a usina supre esse fornecimento e, se necessário, o Estado constrói uma termelétrica a gás para garantir qualidade de transmissão de eletricidade”. O vice-prefeito garante que esse projeto mantém na área a Escola Municipal da Usina Henry Borden. “Nosso sonho é transformar Cubatão em uma especie de Vale do Silício, nos EUA”.
Fonte: Jornal A Tribuna – Caderno da Indústria