O Cide e o Ciesp Cubatão iniciaram uma campanha de conscientização para alertar a população do município e Baixada Santista sobre os sérios riscos que envolvem a prática de soltar balões. Considerada crime ambiental, tal conduta é passível de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. A mesma penalidade vale para quem fabrica, vende ou transporta balões.
A ação envolve a elaboração de um informativo desenvolvido especialmente para o tema, que será utilizado em rodas de conversa com profissionais que trabalham nas indústrias e entre os moradores dos bairros da cidade, com apoio dos líderes comunitários que participam do Conselho Comunitário Consultivo do Polo Industrial de Cubatão. O material também está sendo divulgado nos canais digitais das entidades e na imprensa local.
Por mais que a prática pareça simples e inofensiva, a região da Baixada Santista registrou nos últimos meses, grande número de queda de balões. Somente no Polo, foram três de grande porte, sendo que um caiu aceso e outros dois apagados. Em todos os casos, graças à rápida ação das brigadas de incêndio das empresas, foram evitados acidentes mais graves e de grandes proporções.
Além do perigo de ocasionar uma explosão em alguma indústria, a queda de qualquer balão também pode causar incêndios de grandes proporções nas comunidades próximas, pois muitas das casas são feitas em madeira, material de rápida combustão. Outra preocupação, com especial risco para esta época de clima seco e falta de chuvas, é a rápida propagação das chamas em áreas ambientais da Serra do Mar que, geralmente, são de difícil acesso aos bombeiros.
A maioria dos balões são soltos no período da noite e caem pela manhã, devido à mudança da temperatura atmosférica. Há probabilidade de muitos deles serem providos da Grande ABC e capital de São Paulo, devido à quantidade de ocorrências também registradas na região.
A campanha conta com o envolvimento de demais autoridades, como Corpo de Bombeiros, Defesas Civis regional e estadual e Casa Militar. Nos últimos meses, foram realizadas reuniões com os órgãos com o intuito de se buscar novas soluções a estas práticas ilegais e intensificação nas medidas restritivas, além de mobilizar outros municípios para atuarem na causa.
“Para o Ciesp Cubatão, representante das indústrias, é gratificante ver a conscientização local, e como sempre poder contar com o apoio dos órgãos pertinentes nesta campanha. A parceria com as outras regionais da entidade, como Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, serão essencial para identificarmos os perigos e minimizarmos os impactos por meio da integração. Também estamos alinhados com a Fiesp e Ciesp, com o apoio do presidente Paulo Skaf, para nos auxiliarem na articulação junto ao Governo do Estado por mais soluções para esta demanda”, afirma Raul Elias Pinto, diretor titular do Ciesp Cubatão.
“As indústrias, assim como o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, estão em alerta sobre os riscos provocados por quedas de balões no Polo e permanecem preparadas para atuarem prontamente em possíveis ocorrências. Todos os esforços de prevenção e contenção foram traduzidos nesta campanha para promover a conscientização de forma simples e instrutiva. Compartilhar estas medidas, com o apoio das lideranças comunitárias, é mais um trabalho a favor do bem coletivo em nossa cidade e região”, explica Ricardo Salgado e Silva, diretor executivo do Cide.
E vale o alerta: qualquer pessoa que veja alguém soltando balões ou o objeto no ar deve fazer a denúncia por meio dos seguintes números: 190 – Polícia Militar; 193 – Corpo de Bombeiros; ou 199 – Defesa Civil. É garantido o anonimato para o autor da denúncia. A participação da sociedade é fundamental para coibir essa prática que há décadas causa riscos à população e às empresas.