Cubatão discute parque tecnológico

Comissão da Câmara Municipal criada após sugestões de sindicalistas debate propostas para apoiar indústria e novos empregos

 

Sindicalistas defendem a criação de mecanismos que tornem permanentes a garantia de fornecimento de mão de obra para as indústrias do Polo de Cubatão. Eles devem constar do projeto de criação de um parque tecnológico e de geração de empregos na Cidade, recentemente discutido pela Comissão Permanente de Indústria, Comércio, Emprego, Trabalho e Renda da Câmara.

Presidida pelo vereador Antonio Vieira da Silva, o Toninho Vieira (PSDB), a comissão surgiu de propostas do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Luiz Carlos de Andrade e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Químicas, Hebert Passos Filho.

O parque estimularia desenvolvimento socioeconômico, com mais condições para gerar emprego e renda, atrair novas empresas à Cidade e incentivar empreendedorismo e arranjos produtivos locais, com pesquisa e desenvolvimento.

Passos considera que a retomada do crescimento econômico e do emprego na região passa pelo fortalecimento das empresas de grande porte. Para Andrade, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) deveria dar melhor dar melhor suporte para a geração de empregos na região.

Andrade sugere a criação de um Centro de Desenvolvimento Econômico ou um Parque Tecnológico nos moldes que há em Londrina (PR), Campinas (SP) e São José dos Campos (SP). Entre as iniciativas recomendadas pelos sindicatos, estão a preparação de mão de obra e o fomento a negócios ligados à tecnologia e à inovação digital “É preciso, também, que a Prefeitura se habilite a receber recursos do Estado e da União para qualificar trabalhadores, o que não vem ocorrendo”, comenta Luiz Carlos de Andrade.

Apoio ao Polo

O gerente executivo do Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide) e gerente regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Cubatão, Valmir Ruiz, garante que as indústrias de Cubatão estão integradas a movimentos da comunidade em busca da atração de investimentos para ampliar as atividades industriais e de geração de empregos. “É isso que estabelece a Agenda 21, instrumento da comunidade que contou com a indústria na sua base de formulação”, salienta.

Além de aderir à proposta de criação do parque, o Cide já reúne empresas associadas de grande porte no segmento de base em um Condomínio Industrial em Cubatão, responsáveis por matérias-primas de alta qualidade.

“O Cide é um centro estratégico que integra indústrias, Poder Público, comunidade e demais órgãos em prol do desenvolvimento sustentável do Polo Industrial de Cubatão e do Município como um todo, incluindo o apoio ao Posto de Atendimento ao Trabalhador na geração de empregos”, explica.

Ainda, segundo Ruiz, o Cide já desenvolve, em apoio à Prefeitura, a atração de empreendedores interessados em implantar indústrias de transformação em áreas ainda livres.

Essa contribuição é confirmada pelo secretário municipal de Emprego e Desenvolvimento Sustentável (Semed), Marcos do Espírito Santo. No ano, o saldo de trabalhadores empregados pelo PAT nas paradas para manutenção das indústrias tem sido superior ao de demissões. Nessas atividades, as empresas dão prioridade a trabalhadores residentes em Cubatão e outros municípios da Baixada Santista.

O vereador Toninho Vieira adianta que o grupo de trabalhadores terá novas reuniões para ampliar a discussão do tema.

 

Fonte: Jornal A Tribuna