A participação feminina no mercado de trabalho tem crescido constantemente. Apesar de ainda ser baixa, a presença feminina aumentou pelo 5º ano seguido em 2021, ocupando 37,4% dos cargos gerenciais, de acordo com dados estatísticos do IBGE.
E este enfrentamento não é recente. A luta pelo seu espaço e direitos no mercado de trabalho desencadeou um conjunto de movimentos no final do século 19 e começo do século 20, contra as péssimas condições de trabalho às quais as trabalhadoras eram submetidas. E o Dia Internacional da Mulher (08) é uma data marcante, pois nos traz a reflexão sobre a coragem e determinação feminina em importantes frentes na história e todos os progressos realizados em seus países e comunidades, inclusive no mercado de trabalho.
Hoje, o público feminino representa 32% da força de trabalho na indústria brasileira, segundo o Portal ODS. Outro estudo, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), revela que a cada quatro pessoas empregadas da indústria, uma é do sexo feminino. A participação feminina nas fábricas cresceu 14,3% em 20 anos, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
Ainda há muito trabalho a fazer para tornar os espaços fabris mais igualitários. No Polo Industrial de Cubatão a equidade de gênero vem se tornando um fato real. Mesmo com uma participação feminina de 10% no segmento industrial, algumas empresas têm criado medidas especiais para inclui-las em suas corporações.
A Yara Brasil, por exemplo, possui uma estrutura corporativa focados na formação de mulheres para o segmento, como o programa Women in Agronomy – com foco na formação de mulheres para a agronomia – além de investimentos em programas como o Mulheres na Manutenção, em parceria com o SENAI, para formação de mulheres capacitadas a trabalharem como soldadoras, eletricistas, entre outros. Também são desenvolvidos treinamentos e sensibilizações para as lideranças, planos de ação para inclusão e compromissos como ONU Mulheres.
Já na Braskem, foi aplicado um aumento de 5% de mulheres em cargos de liderança, licença maternidade de 180 dias e a readequação da estrutura de trabalho para a mulher que incluiu construção de banheiros e salas de apoio à amamentação em todas as regiões e além da revisão de uniformes. Ganhamos o Prêmio Will da Valor Econômico e o Prêmio WEPs da ONU Mulheres em 2021, que destacam empresas com boas práticas na promoção da equidade de gênero. A empresa também faz parte dos Princípios de Empoderamento da Mulher da ONU Mulheres e do Pacto Global.
Embora ainda ocorra a desigualdade de gênero e salários, é imprescindível reconhecer que a atuação das mulheres no mercado é essencial para o progresso da sociedade e o crescimento da economia como um todo.