Agora com a expectativa de retomada do crescimento do país e a tendência do aumento no consumo, o Polo está na pauta de investidores nacionais e internacionais. Os números que indicam a retomada da produção industrial são potencializados, em Cubatão, pelas iniciativas do Cide/Ciesp aumentando a expectativa para a vinda de novos investimentos.
Indústria de transformação
Entre estas ações estão as abordagens junto às principais câmaras comerciais do mundo, instaladas no Brasil: a última visitada foi a da China, além de outras como França, Espanha e Japão. Através da apresentação “11 motivos para se instalar em Cubatão”, os maiores grupos empresariais do mundo estão sendo convencidos dos benefícios de instalar indústrias de transformação no Polo local, onde já estão as grandes indústrias de base gerando a matéria prima necessária para a transformação.
Cubatão “A fábrica de oportunidades”, também oferece toda a infraestrutura e os recursos naturais e tecnológicos, para a instalação destes novos empreendimentos.
Mão de obra qualificada
O Polo também dispõe de mão de obra qualificada disponível e a cidade oferece capacitação contínua. No último mês, por exemplo, 165 trabalhadores se formaram no curso de segurança e medicina do trabalho, oferecido gratuitamente numa parceria entre Cide/Ciesp Cubatão e Secretaria de Emprego e Desenvolvimento Sustentável/PAT.
Entre outras formações disponíveis, merece destaque os números do Senai, apresentados no último relatório anual do Polo Industrial de Cubatão: 338 matriculas nos cursos de aprendizagem industrial; 1.979 para formação inicial e continuada escola; 2.451 para formação inicial e continuada empresa e 325 técnicos. Todas as prestadoras de serviço das indústrias do Polo utilizam o cadastro de profissionais do PAT em Cubatão para processos seletivos.
Muitos produtos que abastecem o mercado brasileiro, como a gasolina de aviação, tem 100% da produção aqui e outra dezena deles tem participação imprescindível no abastecimento nacional.
Ácido nítrico 53%;
Ácidos nítrico concentrado;
Benzeno;
Coque calcinado de petróleo;
Finos de coque calcinado de petróleo;
Gasolina de aviação;
Nitrado de amônio – grau fertilizante e grau técnico;
Resíduo aromático;
Soda Anidra.
Além da gasolina de aviação, a produção de fertilizantes, lubrificantes, corantes, detergentes e fármacos, dependem dos produtos fabricados exclusivamente no Polo de Cubatão.
Estratégico para a retomada do crescimento e referência internacional, em indústria de base, o Polo agrega cinco grandes setores: petroquímico, químico, siderúrgico, fertilizantes e logístico.
Indústrias do polo têm vantagens estratégicas, com a malha logística e usinas hidrelétrica e termelétricas
Com o empurrão da melhora dos indicadores econômicos do país, o Polo de Cubatão pretende aproveitar suas vantagens estratégicas para atrair novos negócios este ano.
Segundo o diretor-executivo do Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide) e titular da regional de Cubatão do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Valdir José Caobianco, o polo concentra empresas dos segmentos mais representativos e possui área retroportuária de “grande interface” com o Porto de Santos.
“Temos potencial para crescer ainda mais e, consequentemente, sermos mais competitivos para concorrer com o mercado externo”, afirma ele.
Para atrair negócios, as entidades da indústria, em parceria com a Prefeitura, lançaram no ano passado o projeto Cubatão – A Fábrica de Oportunidades.
O programa consiste no trabalho do Condomínio Industrial na busca por indústrias de transformação para Cubatão. Os representantes do Cide e Ciesp já visitaram câmaras de comércio estrangeiras instaladas no Brasil para divulgar o potencial do Polo.
A expectativa é que esses primeiros contatos fomentem a instalação de unidades de multinacionais.
O polo tem o trunfo de produzir por meio de cinco grandes setores industriais: petroquímico, siderúrgico, químico, fertilizantes e logísticas, além da produção de energia e prestação de serviços.
Combustíveis
Há produtos consumidos no País que são feitos apenas em Cubatão, como a gasolina de aviação, usada nos aeroportos e pelas aeronaves do agronegócio. Há ainda o coque calcinado, nitrato de amônia (fertilizantes) e soda anidra e benzeno, este último destinado ao setor de lubrificantes.
Caobianco ressalta que o polo ainda tem espaço para receber novas indústrias – há 2,5 milhões de metros quadrados disponíveis.
O condomínio industrial aponta 11 motivos para uma companhia se instalar em Cubatão. Por exemplo, há malha abundante de energia, com a usina hidroelétrica Henry Borden e termelétricas, e água.
Além disso há localização estratégica com malha logística no entorno (porto, ferrovia, rodovia e aeroportos), muitas universidades e cursos diversificados, ligação com o maior mercado consumidor do País, São Paulo, e um já consolidado programa de sustentabilidade ambiental.
“Temos a convicção de que a cidade é um dos pontos estratégicos para a retomada do crescimento do País”, conclui Caobianco.
Mais eficiência e menos custos em Cubatão
O condomínio industrial é uma inciativa do Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide). O objetivo é integrar a gestão do Polo de Cubatão para, entre várias frentes, reduzir custos em serviços e equipamentos comuns a todas as companhias.
São processos de transporte, saúde e segurança. Com operações integradas e eficientes, o polo poderá maximizar suas vantagens e combater seus gargalos, conquistando mais competitividade e atraindo novos negócios.
O Cide reúne os presidentes das indústrias do polo. A proposta de criação do condomínio surgiu durante o encontro dos dirigentes industriais no Sindicato da Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo (Sinproquim).
Em evento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), no ano passado, o condomínio lançou o programa Cubatão – A Fábrica de Oportunidades.
Neste ano, a ideia dos dirigentes industriais é aproveitar a melhora da economia, com aumento da confiança do empresariado, para atrair indústrias de transformação para Cubatão.
“É o momento de aproveitar essa fase e mostrar que Cubatão está pronta para receber novos empreendimentos”, diz o diretor do Cide e Ciesp-Cubatão, Valdir Caobianco.
Mão de obra
13 mil empregos eram mantidos pelas empresas do Polo de Cubatão em 2017;
123 milhões de dólares em encargos sociais foram pagos pelas indústrias do Polo de Cubatão no ano passado;
23 por cento dos empregos do Polo de Cubatão eram mantidos pelo setor de fertilizantes em 2017.
Entrevista
Valdir José Caobianco – Diretor executivo do Cide e diretor titular do Ciesp de Cubatão
A melhora dos indicadores econômicos e o novo governo geraram expectativa de mais negócios em Cubatão. Confira entrevista com o diretor das entidades, Cide e Ciesp, que presentam as indústrias do polo, Valdir Caobianco.
Qual a expectativa de investimentos no Polo em 2019?
O Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide), com apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional de Cubatão, e Prefeitura, está promovendo o programa Cubatão – A Fábrica de Oportunidades. A iniciativa visa atrair indústrias de transformação para o maior Polo Industrial da América Latina no segmento matéria-prima, que conta com infraestrutura e incentivos fiscais do poder público. Com a instalação de novas indústrias, geram-se, consequentemente, oportunidades de emprego e desenvolvimento do comércio local.
O que o novo governo pode fazer frente à competitividade das empresas?
As empresas do polo são competitivas e trabalham com o máximo de resultados em condições de competir com o exterior, mas convivem com juros excessivos, altos custos de energia e de insumos, além da elevada carga tributária. Ainda compete de maneira desigual com a entrada constante de produtos importados sem barreiras logísticas e, em alguns casos, ainda com preços subsidiados na origem.
O novo governo é contra incentivos e isenções. A indústria do polo está preparada para enfrentar um mercado aberto?
Temos potencial para crescer ainda mais e, consequentemente, sermos mais competitivos para concorrer com o mercado externo. Com o novo governo continuaremos atuando firmes por meio do diálogo em todos os fóruns que o Cide está presente na busca por avanços sustentáveis.
Organismo criado pelo Cide e Ciesp – de Cubatão integra empresas, a sociedade e o setor público para apontar soluções para Cubatão
Polo de Cubatão: Conselho Comunitário Consultivo segue o Programa Responsável da Associação Brasileira da Indústria Química: entidade reconheceu diretrizes socioambientais adotadas na Cidade
Uma das marcas do Polo de Cubatão é a integração entre as indústrias, o setor público e a população para apontar soluções para o desenvolvimento local. O principal meio para esse fim é o Conselho Comunitário Consultivo (CCC).
O Conselho é formado por representantes das indústrias, do poder público e comunidades. O objetivo do CCC é ser o elo entre o polo e a sociedade.
O CCC é promovido pelo Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide), com apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional de Cubatão. O organismo também conta com um profissional da Saúde, Segurança e Meio Ambiente e um de Relações com a Comunidade em sua coordenação. A intenção é garantir que o posicionamento do grupo seja embasado sob o ponto de vista destas duas áreas de atuação.
Segundo o Cide-Ciesp Cubatão, as ações e projetos do conselho são enquadrados em quatro núcleos: educação, capacitação em empregabilidade; saúde, segurança, meio ambiente e projetos das comunidades, pilares inseridos no planejamento estratégico da Agenda 21 (programa para atingir metas de qualidade de vida em Cubatão).
De acordo com o Cide-Ciesp Cubatão, o formato foi definido para potencializar as ações do grupo.
Abiquim
A proposta de trabalho do conselho tem como premissa o Programa de Atuação Responsável, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O programa da Abiquim atua com comprometimento voluntário na melhoria contínua em saúde, segurança e meio ambiente, identificação de riscos e preparação para situações de emergência.
O Cide-Ciesp Cubatão afirma que o CCC de Cubatão conta com o reconhecimento da Abiquim, com representatividade da Comissão de Diálogo com a Comunidade, por adotar diretrizes socioambientais pela associação.
O evento reúne representantes de diversos CCCs do País, empresas e autoridades para debaterem temas sobre desenvolvimento sustentável nas comunidades envolvidas.
Abiquim aplica programa de Atuação Responsável
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) lançou em 1992 o Programa Atuação Responsável. Segundo a entidade, a iniciativa tem o objetivo de apoiar a indústria química a ela associada na gestão de suas atividades em saúde, segurança e meio ambiente.
Segundo a Abiquim, o programa foi inspirado no Responsible Care, coordenado pelo então diretor presidente da Union Carbide do Brasil, Jean Daniel Peter.
Após um ano de análise sobre o conceito e conteúdo dos programas da época, como o do Canadá e dos Estados Unidos, a Abiquim desenvolveu sua própria iniciativa.
A opção foi pelo modelo americano, com códigos de práticas gerenciais e mais conhecido nas empresas.
De acordo com o site da Abiquim, a continuidade do programa representa o “compromisso com a sustentabilidade” da química brasileira.
Projetos
O Conselho Comunitário Consultivo executou dois projetos a partir de 2017. Um deles foi o curso de Elaboração de Projetos, que qualificou integrantes das comunidades e entidades para captação de recursos e relacionamento com a iniciativa privada e poder público.
Sesi Cubatão aprimorou atendimento a empresas e trabalhadores em transporte, esporte, saúde e cultura
Segundo o relatório anual do Polo Industrial de Cubatão, em 2017 as indústrias da área continuaram a investir nas comunidades onde atuam. No total, foram destinados R$ 2,3 milhões para projetos sociais, culturais e esportivos.
O Conselho Comunitário Consultivo (CCC), formado por representantes das indústrias, do poder público e de comunidades, tem como objetivo ser o elo entre o Polo Industrial de Cubatão e a sociedade. O CCC é promovido pelo Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide), com apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo(Ciesp) – Regional de Cubatão e conta com um profissional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente e um de Relações com Comunidades em sua coordenação.
As ações e projetos são enquadrados em quatro núcleos: Educação, Capacitação e Empregabilidade; Saúde; Segurança; Meio Ambiente e Projetos das Comunidades. São pilares inseridos no planejamento estratégico da Agenda 21. O formato foi definido com o objetivo de potencializar as ações do grupo.
A proposta de trabalho do Conselho tem como premissa o Programa de Atuação Responsável, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O programa atua com comprometimento voluntário na melhoria contínua em saúde, segurança e meio ambiente, identificação de riscos e preparação para situações de emergência.
Reconhecimento
O CCC do Polo Industrial de Cubatão tem reconhecimento da Abiquim, com representatividade em sua Comissão de Diálogo com a Comunidade, por adotar diretrizes socioambientais estabelecidas pela associação. O CCC participa anualmente do Encontro Nacional de Conselhos Comunitários Consultivos da Abiquim.
Sesi
Com bons resultados alcançados, em 2017, o Centro de Atividades Décio de Paula Novaes – Sesi Cubatão implantou uma nova proposta educacional, com uma metodologia inovadora de ensino-aprendizagem, além da ampliação de qualidade de vida, realizando investimentos em infraestrutura como impermeabilização de reservatórios, reforma de vestiários e sanitários, construção do remanescente das obras de teatro, reforma de campo e quadra.
Cubatão é exemplo de recuperação do Meio Ambiente, resultado de investimentos das indústrias na modernização de equipamentos
Reconhecida pela Organização das Nações Unidas, Cubatão é a prova de que a união de esforços pode dar bons resultados; guarás vermelhos são símbolo da Cidade recuperada
Cubatão é um exemplo de recuperação ambiental, resultado da parceria entre poder público e iniciativa privada, com investimentos das indústrias do Polo na modernização de equipamentos de controle das fontes emissoras de poluição e em programas ambientais.
São diversas ações de controle ambiental, mantidas por meio da execução de programas e monitoramento de emissões, gestão de reaproveitamento de resíduos, uso racional de recursos energéticos e hídricos, manutenção dos sistemas de controle e implantação de melhorias ambientais.
Entre os trabalhos com o objetivo de assegurar a qualidade de vida da população destaca-se o programa anual Operação inverno, realizada pelo Centro de Integração e Desenvolvimento Empresarial da Baixada Santista (Cide), em parceria como órgão ambiental, Ecovias, Polícia Militar e Prefeitura.
A ação de caráter preventivo faz campanhas periódicas de varrição e limpeza das vias externas e rodovia de acesso ao Parque Industrial e umectação (molha para evitar o levantamento de poeira) rotineira no período de maio a setembro, contribuindo para melhor condição da qualidade do ar no período seco.
O Cide conta com a Comissão Técnica de Proteção e Defesa do Meio Ambiente (Prodema) para a construção de ações conjuntas voltada a proteção e defesa do meio ambiente, buscando fortalecer a adoção de práticas ambientais sustentáveis da região, em sintonia com a Agenda 21 do Município. Participa de grupos como Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (CBH/BS), Conselho Municipal de Meio Ambiente de Cubatão (Comdema), Plano de Contingência para a Serra do Mar.
A gestão de qualidade do ar, em atendimento ao Plano de Redução de Emissões de Fontes Estacionárias (Prefe), prossegue com a atuação dos planos de controle de consolidados do Polo Industrial, respaldado em programas de operação e manutenção das reduções obtidas em cumprimento as metas intermediárias.
De acordo com a Cetesb, em 2017, na área urbana e residencial de Cubatão, não houve violação do padrão da qualidade do ar para nenhum poluente.
A somatória das ações de controle ambiental do Polo Industrial, aliada às condições meteorológicas mais favoráveis nos últimos anos, contribuiu significativamente para a redução das concentrações médias de poluentes na área industrial.
Agenda 21 teve origem em 2005
A agenda 21 de Cubatão teve a sua origem em 2005 em uma iniciativa das empresas do Polo Industrial, representadas pelo Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp Cubatão) e Departamento de Ação Regional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Depar-Fiesp). Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável do Município, as indústrias se reuniram com a Prefeitura de Cubatão e a Câmara Municipal para estabelecer uma parceria e iniciar a conscientização e mobilização de toda a cidade na criação da Agenda 21.
O processo foi participativo e democrático, envolvendo lideranças e comunidades, sem discriminação de qualquer natureza. Não se caracterizou como uma empresa, uma administração, um grupo político ou um grupo social. Foi um projeto de toda a cidade.
Em momentos como o atual, de recuperação de uma crise instalada no Município, Estado e País, projetos como o da Agenda 21 são valorizados, usados como referência e fonte de consulta na busca por soluções conjuntas aos desafios que a Cidade enfrenta, como a queda da arrecadação, da empregabilidade e da desindustrialização. Para o Cide, o País vive um momento no qual cabe à sociedade cobrar para que iniciativas como esta tenham continuidade e, dessa forma, incentivar o comprometimento com o desenvolvimento na Cidade e Polo Industrial de Cubatão.
Outros 23 produtos importantes usados no Brasil tem boa parte da produção também feita no Polo Industrial de Cubatão, referência nacional
O Polo Industrial de Cubatão reúne empresas de cinco grandes setores: petroquímico, siderúrgico, químicos, fertilizantes e logística, além da produção de energia e da prestação de serviços. Muitos dos produtos que abastecem o mercado brasileiro são 100% produzidos em Cubatão. É o caso da gasolina de aviação, usada nos aeroportos do Brasil e que sai exclusivamente da região.
Outros produtos que dependem do polo para abastecer o País são o ácido nítrico 53% e o ácido nítrico concentrado, usados em laboratórios e aplicações industriais, tem com principal aplicação a produção de fertilizantes, indispensáveis para a produção agrícola nacional.
Outros 100% feitos em Cubatão são o coque calcinado de petróleo, nitrato de amônio – grau fertilizante e grau técnico, resíduo aromático, soda anidra e benzeno. Este último, usado na produção de várias substâncias químicas, como lubrificantes, corantes, detergentes e fármacos.
Pelo menos outros 23 produtos importantes usados no Brasil, embora não sejam totalmente fabricados no Polo Industrial de Cubatão, têm aqui boa parte da sua produção. É o caso da solução de ácido clorídrico, que tem 58,9% de participação nacional, hipoclorito de sódio, com 53,2% e o óleo diesel marítimo, com 48,5%.
Mesmo diante de um panorama robusto, o Polo ainda tem espaço para muitas indústrias de transformação. O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Centro de Integração e Desenvolvimento Empresarial da Baixada Santista (Cide) trabalham juntamente para atrair esses novos negócios.
Cide e Ciesp lançaram a estratégia de atração por meio da Fábrica de Oportunidade. O programa foi anunciado em março durante seminário na Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em São Paulo. O Condomínio Industrial do Polo de Cubatão tem divulgado, além das vantagens do Município, os mais de 2,5 milhões de metros quadrados de áreas disponíveis para investimento.
Números
Em 2017, as empresas da Cidade recolheram US$ 371 milhões em impostos. O número de empregos ficou em 13. 362 e o total produzido atingiu quase 20 mil toneladas.
Foram distribuídos 165 certificados para os quatro cursos de NRs
Sessenta e cinco trabalhadores foram certificados em cursos gratuitos de Segurança e Medicina do Trabalho em Cubatão na última sexta-feira (14). Os treinamentos são uma inciativa do Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide) e Prefeitura Municipal de Cubatão – Secretaria de Desenvolvimento e Emprego, com apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional de Cubatão, cujo objetivo é capacitar a mão de obra local em diversos cursos exigidos pela legislação vigente no mercado. A entrega dos certificados ocorreu no auditório da Câmara Municipal da cidade.
Foram seis dias de treinamentos, ministrados pelas empresas Self Seg, Treinar e Lacerda, com conteúdo programático voltado às Normas Regulamentadoras (NRs): 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI); 23 – Proteção Contra Incêndios; 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados; e 35 – Trabalho em altura. As NRs são obrigatoriamente praticadas pelas empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de acordo com o Ministério do Trabalho.
Toda a ação vai ao encontro do tema “Qualificação Profissional” da Agenda 21 – A Cidade que queremos em 2020, cujo o compromisso é promover o desenvolvimento sustentável no município e, consequentemente, na Baixada Santista.
Marcos Espirito Santo, secretário de Desenvolvimento e Emprego/PAT Cubatão, e Valmir Ramos Ruiz, gerente Cide/Ciesp Cubatão
Estiveram presentes na solenidade o secretário de Desenvolvimento e Emprego, Marcos Espirito Santo, o gerente do Cide/Ciesp Cubatão, Valmir Ramos Ruiz, e o supervisor do Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Cubatão, Rogério Vieira.
Para Marcos, os cursos em NRs são o início de uma série de capacitações que a Prefeitura visa oferecer aos trabalhadores da cidade. “Com os treinamentos realizados e outros que estamos prospectando, a mão de obra de Cubatão contará com um mais diferencial no currículo. Tivemos uma boa participação de alunos nos cursos, o que reflete uma autoestima dos trabalhadores em se preparar para futuras vagas de emprego”.
Valmir destacou a parceria entre o Condomínio Industrial e a Prefeitura no fomento da qualificação profissional da cidade, uma das premissas do planejamento estratégico da Agenda 21. “A Indústria segue em melhoria contínua e com boas expectativas para os próximos anos, com um mercado que exige cada vez mais profissionais capacitados e resilientes. O Cide/Ciesp, junto à Prefeitura, está em busca de novas indústrias de transformação para a cidade, que, certamente, contará com os trabalhadores locais e estimulará o comércio local. Por isso, adquiramos conhecimento e estejamos aptos para as oportunidades”.
Empresas de Cubatão defendem integração com setor público e organizações sociais para reduzir os entraves e divulgar vantagens
Indústrias de Cubatão: polo consome matérias-primas que se transformarão em insumos para toda a economia nacional
As entidades que representam o Polo Industrial de Cubatão consideram a parceria com o setor público, em especial o ente municipal, o melhor caminho para atrair investimentos e manter a renovação tecnológica dos negócios instalados na Cidade.
“O Cide e o Ciesp Cubatão acreditam em um legado construído por meio da integração, onde enxergamos que a união entre as empresas, sociedade, poder público e demais órgãos tornou o Polo Industrial capaz de manter sua atuação com excelência”, afirma o diretor do Centro de Integração e Desenvolvimento Empresarial da Baixada Santista (Cide), Valdir José Caobianco.
Caobianco também representa o Departamento de Ação Regional (Depar) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a regional de Cubatão do Ciesp, formando as entidades empresarias atuantes no polo.
Cide e Ciesp lançaram a estratégia de atrair negócios para o polo por meio da Fábrica de Oportunidade. O programa foi anunciado em março durante seminário na Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) em São Paulo.
O Condomínio Industrial do Polo de Cubatão tem divulgado, além das vantagens do Município, os mais de 2,5 milhões de metros quadrados de áreas disponíveis para investimento.
Vantagens
Entre várias vantagens, o polo opera matérias-primas de alta qualidade nos segmentos petroquímico, químico, logístico, siderúrgico e de fertilizantes fornecidos por indústrias de grande porte.
Além disso, há malha abundante de água e energia por meio de usinas das modalidades hidroelétrica e termoelétrica.
Outro destaque é a logística, com rede de transporte que se conecta diretamente ao Porto de Santos e à Capital.
Nos últimos meses, o programa Fábrica de Oportunidades foi levado às câmaras de comércio da China, Espanha, Japão e França instaladas no Brasil. Nos encontros, os representantes do polo divulgaram as vantagens locais para atrair investimentos de multinacionais desses países.
Devido à recessão do período 2015-2016 e o crescimento modesto do País desde ano passado, as indústrias tem operado e produzido abaixo de sua capacidade total, lembra o Ciesp e Cide.
“Os esforços do Cide e Ciesp de Cubatão de promover a sinergia entre as indústrias, poder público e demais órgãos têm sido de grande importância na criação de oportunidades para atração de indústrias de transformação e, consequentemente, geração de empregos”, afirma Caobianco.
Insumos
Segundo ele, o polo é referência nacional e internacional e concentra a indústria de base – produz insumos como fertilizante, químico, petroquímico e siderúrgico que serão utilizados por toda a economia.
Caobianco cita ainda a localização estratégica do polo, com acesso a recursos naturais e tecnológicos, incluindo água.
Integração
“A parceria com a gestão municipal resulta no fortalecimento e endosso à economia local, onde são estabelecidos incentivos fiscais para as novas indústrias que pretendem compor a representatividade industrial de Cubatão. A iniciativa é a parte de uma das ações previstas no planejamento estratégicos da Agenda 21”, Valdir José Caobianco – diretor do Cide-Ciesp e Depar/Fiesp.
Investimento
Situado em um local estratégico, Valdir Caobianco ressalta que o Polo de Cubatão faz com que as empresas, principalmente as que transformam matéria-prima em produtos, disponham de todos os recursos naturais e tecnológicos necessários para crescerem no Município. Água e energia abundantes, diz ele, ampla infraestrutura logística com ferrovia, rodovia e hidrovia, ligação estratégica entre o maior mercado consumidor do País e o maior Porto da América Latina, grande representatividade no PIB nacional e mão de obra qualificada tornam Cubatão símbolo de negócios e de crescimento sustentável. “Juntos (polo e sociedade) inovam e trabalham para alavancar a indústria em meio aos desafios da economia, sendo parte de um novo momento favorável em nosso País”.
Segundo Instituto Aço Brasil, que reúne empresas do setor, vendas internas aumentarão 8,9% neste ano em comparação a 2017
Siderurgia brasileira enfrentou dificuldades com a China, que teve excesso de produção e derrubou preços: mercado interno puxa recuperação
A indústria siderúrgica brasileira, depois de anos seguidos de dificuldades, deve fechar 2018 com uma recuperação mais robusta. Segundo o instituto Aço Brasil, que representa as empresas do setor, as vendas internas crescerão 8,9% em relação a 2017, somando 18,8 milhões de toneladas.
No consumo aparente, indicador que reúne a produção interna mais importações menos importações, a expansão será de 8,2%, atingindo 21,1 milhões de toneladas.
O setor também aumentou a produção neste ano. O instituto lembra que novas usinas entram no mercado e a Companhia Siderúrgica de Pecém, no Ceará, atingiu pleno ritmo de operação.
Por isso, a expectativa é que a produção nacional de aço bruto chegue a 36 milhões de toneladas no ano. Já as importações devem aumentar 2,6% em relação a 2017, totalizando 2,4 milhões de toneladas. As exportações cairão 7,2%, com 14,2 milhões de toneladas, conforme o instituto.
Apesar dos números positivos de 2018, quando comparados a 2017, as projeções das vendas internas e do consumo aparente ainda permanecem abaixo dos níveis alcançados em 2013.
Para o instituto, a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, dificultou um maior crescimento das vendas de aço no mercado doméstico.
O Aço Brasil lembra ainda que a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de restringir o mercado americano às importações de aço, desencadeou escalada protecionista por parte dos demais países prejudicando o crescimento do volume das exportações.
O instituto prevê aumento das vendas internas de aço no próximo ano de 5,8%, totalizando 20 milhões de toneladas. O consumo aparente de aço deverá subir 6,2% em 2019, indo para 22,4 milhões de toneladas.
Novo Governo
O Aço Brasil formou coalizão empresarial da indústria com outras nove entidades, como a Abimaq (máquinas), Abinee (eletroeletrônicos), Abicalçados, Abiquim, Anfavea (veículos), CBIC (construção) e Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
De acordo com o instituto, o grupo tem conversado com a equipe de transição do governo, defendendo uma agenda pró-ajuste fiscal, associado à aprovação das reformas da Previdência e tributária.
Também como prioridades a retomada dos investimentos na construção civil e em infraestrutura e o fomento às exportações.
Conversa em Brasília
“Não adianta ter ministério só por ter. Nos primeiros contatos com o governo eleito, foi assegurada a interlocução e a intenção é que ela seja ampliada, com medidas que façam a indústria avançar, tirando obrigações e facilitando os negócios”.
Antônio Megale
Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), sobre a queixa do setor com o fim do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que vai virar secretaria no próximo governo
Apesar do avanço, setor enfrenta problemas de competitividade com mercado externo
Polo de Cubatão: no País, Abiquim aponta recuo na comparação mensal
As vendas de produtos químicos aumentaram 0,72% no acumulado de janeiro a outubro, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O resultado só não foi melhor porque o indicador registrou recuos mensais em setembro e outubro, cujos desempenhos não se devem apenas a uma economia fraca.
Ocorreram também paradas de manutenção, que são operações de segurança comuns no setor químico, e menor número de dias úteis.
Mas nas comparações de outros indicadores e no mês a mês. Os resultados foram negativos. É o caso da produção de químicos de uso industrial, que recuou 3,06% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais a importação menos a exportação, caiu 2% no mesmo período. Segundo a Abiquim, o resultado indica uma queda na demanda nacional de produtos químicos.
Impacto externo
Em relação às vendas internas que subiram 0,72%, a Abiquim diz que há elevação da parcela produzida em território nacional, na comparação com o importado, sob influência da volatilidade cambial e dos preços internacionais.
A média de utilização da capacidade instalada de janeiro a outubro foi de 77%, índice inferior ao do mesmo período de 2017, quando a taxa utilização foi de 79%. O índice mede a ociosidade das instalações das fábricas, indicando que de 2017 para 2018 houve redução da atividade, ainda que pequena (de 79% para 77%).
A diretoria de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, afirma que o ano foi marcado pela desaceleração da economia nos primeiros meses, seguida da greve dos caminhoneiros, que prejudicou a movimentação de cargas em maio, com reflexos também em junho.
Mês anterior
Em outubro, na comparação com o mês anterior, o índice de produção subiu 3.08%. Se comparado com outubro do ano passado a queda na produção foi de 6,7%. Já as vendas internas tiveram recuo de 5,05%, após terem caído 8,12% nos dois meses.
“Apesar de ainda termos tido um crescimento de 0,72% nas vendas internas esse resultado poderia ter sido melhor, pois até setembro o crescimento era de 1,8%”, afirma.
“A menor atividade nos últimos dois meses de análise pode ser atribuída Às pausas realizadas em algumas unidades, à demanda desaquecida em relação aos dois meses anteriores e, em menor proporção, também pelo número menor de dias úteis, especialmente em relação a agosto”, diz Fátima.
Baixa competitividade
A diretora alerta que nos últimos 12 anos os volumes de produção e de vendas são, na média, os mesmos de 2007.
“Infelizmente vivemos mais uma década perdida. A falta de competitividade do produtor local, associada ao cenário econômico recessivo e de agravamento da crise política nacional nos últimos três anos, trouxe fortes impactos ao setor”, afirma.
Fonte: Jornal A Tribuna- Caderno da Indústria
O CIDE – Centro de Integração e Desenvolvimento lament ...