Cetesb encerra operação Inverno no Polo sem registrar episódios críticos de material particulado no ar
A operação contribui na limpeza do material particulado jacente nas rodovias e avenidas de acesso ao polo
Cubatão superou o período de inverno de 2018 sem registro de nenhum episódio crítico de poluição por material particulado, embora esse seja -costumeiramente por provocar problemas climáticos, como falta de chuvas, fortes ventos e invasões térmicas – a estação com o pior cenário para as atividades industriais e a busca pelo equilíbrio de preservação ambiental.
“Foram meses mais tranquilos do que, no inverno do ano passado. Houve chuvas em junho-julho, evitando a dispersão de material particulado (poeira) na região da antiga Vila Parisi, mantendo estável a qualidade do ar”, assinalou o gerente regional da Cetesb na Cidade, Marcos Cipriano.
De acordo com ele, a ação conjunta das indústrias, por intermédio do Condomínio Industrial de Cubatão, gerenciado pelo Centro de Integração e Desenvolvimento Empresarial (Cide) que realizou a Operação Inverno, contribuiu para esses resultados. Foi o vigésimo terceiro ano consecutivo de ação com apoio do polo. A Operação Inverno encerrou as atividades de 2018 na última terça-feira em reunião no Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide). A operação, promovida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesp), em parceria com o Cide, Centro das Indústrias do Estão de São Paulo (Ciesp) – Regional de Cubatão, Prefeitura Municipal e outros órgãos, promove a limpeza de resíduos de produtos, sem sua maioria, terra e lixo nas estradas, avenidas e nos pátios de estacionamento do Polo Industrial de Cubatão, durante todo o período inverno. Entre os meses de maio e setembro, a operação de caráter preventivo realizou limpeza mensal e umectação diária das vias externas e internas das empresas do Polo, contando com a comunicação integrada entre as indústrias para atendimento ágil nestas ações. Ao todo, foram cerca de 105 km rodados diariamente por caminhões e, em média, 120 mil litros diários de água reutilizada.
Para o gerente regional da Cetesb em Cubatão, Marcos Cipriano, os resultados obtidos são reflexos da colaboração entre empresas. “A qualidade do ar vem melhorando cada vez mais ao decorrer dos anos, principalmente com nossa busca constante e integrada por alternativas de atuação”.
Representante da secretaria Municipal do Meio Ambiente, Sandra Godói reconhece a importância da indústria na realização da operação. “A operação é uma força-tarefa e parâmetro para que a Prefeitura tenha garantia de que Cubatão atende aos índices satisfatórios de qualidade do ar. O engajamento de todos os participantes neste projeto, diretos e indiretos, principalmente os pátios reguladores, será fundamental para manter os bons índices de controle”.
Valdir José Coabianco, diretor do Cide/Ciesp Cubatão, destaca a Operação Inverno como um importante legado construído por todos os envolvidos. “Nos empenhamos todos os anos com o investimento e a realização da Operação Inverno e, atendendo aos parâmetros exigidos, contribuímos direta e indiretamente para a integridade dos munícipes, continuidade da atividade econômica das indústrias, e, consequentemente, para uma boa imagem da cidade de Cubatão. A sinergia entre todos os atuantes, pátios reguladores, indústrias e todos os órgãos envolvidos é determinante para a melhoria contínua e perpetuação da ação no município”, conclui.
Anibal do Vale, presidente da Unipar Carbocloro, prevê investimentos na Cidade
Instalada desde a década de 1960 em Cubatão, a Unipar Carbocloro expandiu atividades para a Argentina
“O Polo de Industrial de Cubatão tem tudo para continuar em crescimento, a despeito da crise político-econômica que o País atravessa. E está se organizando para receber novos investimentos, indústrias de transformação dos produtos que fabrica nas empresas instaladas desde a década de 1960”. A avaliação é de Anibal do Vale, presidente da Unipar Carbocloro, uma das maiores empresas produtoras de cloro-soda da América Latina, com filiais em Santos André e em Baía Blanca, Argentina.
Cloro é um dos produtos chaves para a atração de novas empresas para Cubatão e, também, um elemento químico transformador no Brasil, onde mais da metade da população não dispõe de saneamento básico.
“Creio que, a curto prazo, é mais difícil implantar um projeto de retomada do desenvolvimento econômico e de atração de novas empresas para Cubatão, por conta da incerteza político-econômica que o país atravessa, em razão do período eleitoral. Não fosse essa crise, já teríamos mais indústrias em Cubatão. A Cidade tem tudo para crescer, áreas livres, matérias-primas, água e energia elétrica em abundância, rodovias e ferrovias e um conjunto diversificado de indústrias de base”.
Anibal do Vale, vê com otimismo a iniciativa do Cide-Ciesp de se organizar na implantação do condomínio industrial do polo, que em uma ação sinérgica, de interesses comuns, com as indústrias e a Prefeitura, está desenvolvendo o Programa Cubatão Fábrica de Oportunidades.
“Essa parceria indica que não está havendo uma acomodação nesse período de turbulência, em Cubatão. Mas uma preparação para a retomada da economia e uma demonstração de que Cubatão tem muitas áreas disponíveis para atender investidores. Por isso, vejo essa iniciativa com o mesmo otimismo que tenha na recuperação do País”, assinala.
Programa Cubatão – A Fábrica de Oportunidades, uma parceria entre o Cide e a Prefeitura de Cubatão, será divulgado pelo Investe São Paulo
Empenhados em demonstrar que Cubatão é uma Fábrica de Oportunidades para novos investidores, o prefeito Ademário Oliveira e o vice-prefeito Pedro de Sá Filho anunciam a reserva de 2,64 milhões de metros quadrados de áreas no polo industrial prontas para abrigar indústrias de transformação dos produtos fabricados pelas empresas já instaladas na Cidade.
O objetivo é preparar o Município para a retomada das atividades industriais, com novos empreendimentos, a partir de 2019. As áreas mais extensas estão prontas para receber desde atividades portuárias de frente para o Canal Piaçaguera (ao lado da Usiminas), que tem perto de 1 milhão de m2; as empresas de apoio industrial que pretendam implantar um Data Center e também um centro fomentador de start ups (empresas que estão no início das atividades inovadoras do mercado) na antiga Vila Residencial da Usina Henry Borden (com 307 .011,00 m2) em parceria com o Governo do Estado. O prefeito disse que está pessoalmente empenhado junto ao Ministério Público do Estado em busca de um acordo que permita finalmente a implantação do Projeto Brasterra de Instalação do Ceasa Regional nas glebas com 929.627,71 m2 ao sul do município (de frente para a Rodovia dos Imigrantes, ao lado do Jardim Caraguatá). O projeto está parado há 20 anos.
“E sua retomada vai gerar empreendimentos fomentadores vão destinar áreas para a preservação ambiental da região do mangue dos rios Laranjeira e Branco. E, a título de compensação, doarão glebas aterradas para a construção, pela CDHU, de mil unidades habitacionais que serão usadas para atender famílias de baixa renda. Essa contribuição é essencial para convencer o MP a ajudar a nossa cidade”, diz Ademário.
Investe São Paulo
Segundo o vice-prefeito Pedro de Sá, que é também secretário de Planejamento, além da Prefeitura integrar-se ao projeto do Condomínio do Polo Industrial, gerido pelo Cide, a secretaria vai divulgar o Programa Cubatão – A Fábrica de Oportunidades no Investe São Paulo. A ação é conduzida pelo Governo Estadual para exibir municípios atrativos de investimentos, buscando parcerias nacionais e internacionais.
A Cidade ainda tem áreas com metragem menor, mas oferecendo potencial de proximidades com as indústrias de base, como o antigo Posto Paulínia (45 mil m2), entre a Avenida Plínio de Queiroz e o Rio Mogi; e a área da antiga fábrica da Companhia Santista de Papel, com 86.209,71. Todas as glebas tem como característica a proximidade com as rodovias Imigrantes, Anchieta e Cônego Domênico Rangoni. E com ramais ferroviários instalados na região geográfica do polo de Cubatão e do Vale do Rio Mogi, as fábricas de fertilizantes, petroquímicas, químicas e os condomínios da Cesari.
Governo municipal trabalha para retomar projeto do Ceasa Regional em área de frente para Imigrantes
Área da usina pode desenvolver a Indústria 4.0 na Cidade
Segundo o vice-prefeito Pedro de Sá Filho, um dos projetos desenvolvidos em parceria com o Condomínio Industrial do Cide já envolve negociações da Prefeitura com a diretoria da Usiminas para a instalação de um porto no Dique do Furadinho, uma das áreas com 465.264,71 m2 pertencente à Usiminas e situada em frente para o Canal de Piaçaguera. Somadas as outras áreas nas proximidades, as glebas oferecem perto de 1 milhão e meio de m2. O porto está planejado a partir do aperfeiçoamento de uma proposta do Programa Investe São Paulo, em 2012, mas nunca saiu do papel.
“Nesses contato que aproximam investidores da Usiminas, a Prefeitura não vai executar nada. Ela só atua como indutora do progresso. O mesmo ocorre com a atração de outros investidores e nas negociações, por exemplo, com a Secretaria de Energia do Governo do Estado, no aproveitamento das antigas áreas residenciais da Usina Henry Borden”, explica Sá Filho. A Prefeitura quer facilitar a vida para quem tem interesse em investir na cidade, para que esse investimento aconteça em Cubatão e não em outros lugares”, acrescenta. Ele está empenhado em aproximar também investidores interessados em instalar um Data Center nas áreas preservadas das antigas casas da Usina Henry Borden, na sua maioria desocupadas.
Data Center é um ambiente projetado onde se localizam equipamentos de armazenamento e processamento de dados de uma organização. Pode acolher milhares de servidores, bancos de dados e demais componentes. “Com esse carro-chefe puxando outras empresas quem sabe não daremos início a uma encubadora de start ups? Temos empresas na Cidade – como Braskem e a Petrobras – envolvidas nesse processo de inovação”. O propósito é abrir caminho para a Indústria 4.0 na Cidade. Datas Centers precisam de um volume maior e garantido sem interrupções, no fornecimento de energia. “Já mantive contatos com o secretário de Energia, José Carlos Meireles. Ele garantiu que a usina supre esse fornecimento e, se necessário, o Estado constrói uma termelétrica a gás para garantir qualidade de transmissão de eletricidade”. O vice-prefeito garante que esse projeto mantém na área a Escola Municipal da Usina Henry Borden. “Nosso sonho é transformar Cubatão em uma especie de Vale do Silício, nos EUA”.
Valdir José Caobianco, diretor executivo do Cide; prefeito Ademário Oliveira; vice-prefeito Pedro de Sá Filho; e Valmir Ruiz, gerente executivo do Cide, condutores do programa “Cubatão – A Fábrica de Oportunidades”
Parceira firmada entre a Prefeitura de Cubatão e as indústrias do polo transforma o Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide), como síndico do condomínio do Polo Industrial, em intermédio dos contatos com investidores e empresas interessadas em instalar unidades de transformação na Cidade, a partir da utilização de matérias-primas fabricadas pelas indústrias de base locais.
O acordo, que dá prosseguimento ao programa “Cubatão – A Fábrica de Oportunidades”, foi consolidado entre o prefeito Ademário Oliveira e o diretor executivo do Cide, Valdir José Caobianco, na quarta-feira. O evento tem apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional de Cubatão.
O Cide, na qualidade de síndico do condomínio industrial do polo, passa a recepcionar nas suas instalações representantes de empresas e de investidores, em estreitas relações com o secretário de Planejamento da Prefeitura, Pedro de Sá Filho (que também é vice-prefeito da cidade). Ele selecionou áreas em Cubatão com potencial para instalação de novos empreendimentos, indicando localizações detalhadas em um mapa exposto da regional do Ciesp Cubatão, mostrando vantagens oferecidas pelas proximidades com indústrias de base, com acesso rodoviário e ferroviário e os incentivos fiscais da Prefeitura destinados a investidores. Grupos interessados em conhecer as áreas e os incentivos passam a ser recebidos no Cide pelo gerente das duas entidades, Valmir Ramos Ruiz (contatos pelo telefone 13 3361-1388). Ele atenderá os investidores, conduzirá o prosseguimento de contatos com a Prefeitura e o detalhamento das propostas para apoio dos poderes públicos, por intermédio de Pedro de Sá Filho.
A parceria fortalece o condomínio do Cide, agindo como facilitador de contatos e agente associativo para reduzir custos de ações comuns a todos os parceiros, como já ocorrem na relação com as indústrias de base. Lançado em março, durante seminário na Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) em São Paulo, o condomínio industrial segue planejamento estratégico semelhante a organizações de associação de propósitos lá instalados em outros polos industriais, dentro dos princípios estabelecidos pela Agenda 21.
“Temos convicção de que o condomínio do Polo Industrial de Cubatão, sob gestão do Cide, está totalmente preparado para receber novas indústrias de transformação. Com ótima infraestrutura logística, matérias-primas de qualidade de suas grandes empresas, mão de obra qualificada e integração com o poder público, comércio, órgãos e comunidades, o município oferece as melhores condições para revitalização do setor industrial do País”, diz Valdir José Caobianco, diretor executivo do Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide).
Região apresenta vantagens
Valdir José Caobianco aponta 11 motivos para novas empresas se instalarem no Polo de Cubatão. O principal objetivo das indústrias do polo, já integradas à gestão condominial do Cide, é desenvolver uma campanha permanente de atração de novos empreendimentos que complementem a indústria de base já instalada no Município, desde a década de 60.
A indústria de base fabrica produtos que são usados por outras indústrias chamadas de indústrias de transformação, pois usam os insumos básicos para produzir matérias finas colocadas à venda no mercado. Um exemplo: empresas de matérias de base, como Usiminas, fabricam aço vendido para as indústrias de transformação produzirem automóveis, geladeiras, perfis para construção civil, dentre outros.
A Prefeitura e o Cide estão empenhadas em mostrar a empresários do Brasil e do Exterior que Cubatão dispõe ainda de muitas áreas livres no seu território para instalar indústrias que transformem os produtos de base fabricados na Cidade, como fertilizantes, produtos químicos de borracha, oxigênio, cloro e derivados, entre outros.
O lado positivo desse ator industrial é que ele gera novos empregos para moradores de toda a região e aumenta a arrecadação tributária da Prefeitura, para execução de novas obras na Cidade.
“Cubatão é uma fábrica de oportunidades para o desenvolvimento da Indústria”, assinala Caobianco. As empresas do polo estão associadas ao Governo Ademário, com a implantação de um condomínio gerido pelo Cide, para unir de forma sinérgica (com os mesmos objetivos) a busca para a redução de custos em interesses estratégicos comuns a empresas já instaladas e a futuros empreendedores, como segurança por meio do Plano de Auxílio Mútuo, recursos humanos, questões jurídicas, serviços médicos e ações de diálogo com a comunidade por meio do Conselho Comunitário Consultivo (CCC) do Polo de Cubatão.
Entre os pontos positivos elencados aos 11 motivos para receber investimentos, o polo – onde já estão instaladas 12 indústrias de grande porte na área petroquímica, química, siderúrgica e de fertilizantes – oferece uma gama abundante de energia (incluindo usinas termelétricas) e água, além de malha logística completa com rodovias, ferrovias, serviços portuários de cabotagem (com três portos próximos) e facilidades de acesso aos aeroportos da Capital do Estado. Essas alternativas logísticas ligam as indústrias ao Interior paulista e a outros estados.
Cidade oferece incentivos fiscais
Disponibilidade de áreas para novas empresas em Cubatão
Para o prefeito Ademário Oliveira, “Cubatão é uma cidade pronta para os novos investimentos”. E desrespeito à crise que ainda vive, dispõe de terrenos com áreas livres e prontas para receber novas instalações de indústrias e empresas. Com apoio do Cide-Ciesp e de proprietários de glebas na Cidade, a secretaria municipal de Planejamento, conduzida pelo vice-prefeito Pedro de Sá Filho, apontou a existência de pelo menos 2,365 milhões de áreas em 12 glebas e setores prontos para implantar indústrias de transformação.
Conhecimento técnico, comprovação histórica e mão de obra calejada na implantação de indústrias não faltam. Cubatão foi o primeiro polo petroquímico do País, situado a menos de 70 km da Capital. Em seus territórios foi instalado, a partir da década de 1950, a primeira refinaria estatal construída pela Petrobras, na esteira da qual se implantaram indústrias químicas, uma das maiores siderúrgicas do País e um pioneiro parque de fertilizantes, além de produtoras de cloro e gases medicinais. Cubatão já teve a maior renda per capita pública do País.
“Mas as antigas gestões de governos municipais não conseguiram traduzir essa riqueza em bem-estar para a população. E a crise econômica instalada desde 2015 agravou o quadro recessivo, levando à suspensão de atividades industriais que atingiram principalmente a produção primária de aço e levaram à drástica redução de postos de trabalho”, avalia Ademário.
Agora, segundo o prefeito, além da estrutura da Cidade, localizada próxima ao Porto de Santos e da Capital paulista, as empresas que se instalarem em Cubatão terão como incentivos, dependendo do grau de investimento, a isenção de IPTU e ISS.
“Temos um setor específico de planejamento para receber novos investimentos e atendimento prioritário para desburocratizar os processos, a cargo do nosso vice-prefeito e, agora, com apoio do Cide-Ciesp”.
Fonte: jornal A Tribuna – Caderno da Indústria
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